Archive for setembro, 2008

O Começo

Começar do começo. A fonte de grandes dúvidas minhas começou quando eu tinha uns 14 anos, na terrível e insuportável fase da adolescência.

Observando as pessoas em minha volta, meus parentes, minha mãe, meus amigos, notando as histórias “mastigadas” das novelas (a TV era meu segundo círculo social), notei que a vida parecia tão vazia… Para que serve tudo? Eu nasci, eu estou crescendo, vou estudar, trabalhar, ganhar dinheiro, constituir família (filhos, marido, afins), envelhecer, ganhar netos e morrer feliz na tranquilidade do meu lar! Ops, ou seja, eu vou viver apenas para morrer? Para , pelo menos, morrer tranquila, em paz? Ora, se a vida se resume a isso, cá estou eu para a morte! Qual o problema? Eu farei o que todos farão ou fazem? Viverei como mais uma mulher, mãe, estudante, trabalhadora, avô e fim? Por que não pular estas etapas tão repetitivas e ir direto ao ponto final?

Eram assim meus pensamentos. Um pouco macabro, não? Mas, de fato, eles não eram simplesmente o resultado de uma fase conturbada e difícil. O que brotava em mim era um desligamento das construções do mundo, um despreendimento dos conceitos, das regras da vida. Minha rebeldia adolescente não era quebrar regras sociais ou morais, mas quebrar as regras da naturalidade. Viver para morrer? E depois que morrer, quem serei eu? Pó? Terra? Comida de minhoca? Mas eu me sinto tão maior do que isso…

Foram momentos dificeis na minha vida. Imagina: acordar, comer, ir pra escola, andar, conversar, tomar banho. escovar dente, etc, etc, etc, etc, sabendo que tudo isto está sendo feito até que nada faça sentido, já que um dia eu deixaria de existir… A não existência pra mim era algo duro de encarar, de acreditar, de realizar. Eu sou maior que a não existência, mas estou submetida a ela! POR QUÊ?! A sensação de vazio que nascia em mim aumentava a cada dia que pensava nisso e percebia que eu era uma peça no maquinário da vida que um dia iria perder a utilidade e desaparecer. Lembro desses dias de pensamentos doloridos, sufocadores… Lembro que às vezes deixava de comer, de tomar banho, de fazer coisas normais pra saber se eu consegueria descobrir quem era este meu ser de revolta contra o ciclo “normal” da vida. Até que… o dia fez-se o eterno.

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Rede de Pensamentos

Ter um blog tornou-se uma moda, um fetiche cibernético em meio a frenética necessidade humana de se expressar e ter um opinião, pela vontade de falar mal e bem de algo ou de relatar a vida como ela é, para quem sabe a vida se tornar algo mais bonito, interessante, emocionante…

Para mim, surgiu a necessidade de falar, talvez até gritar, quem sabe, o que não se diz, ou o que parece ser aparentemente correto,porém pensar a cerca disso demanda se desfazer de muitos conceitos e ter que se submiter a outras vozes desconhecidas da vida. As vozes do silêncio da alma… Falar de alma, de espírito, de medos, de condicionamentos, de desconstruções da mente. Porque não falar algo? Por que falar tanto mas, não falar da fonte de tudo? Será que tememos a complexidade, o absurdo, o incompreensível, as verdades absolutas(ou absolutas verdades?). Como falei no orkut, ser um pássaro solitário parece ser algo difícil, desgastante ou até utópico, mas no meio dessa utopia eu talvez descubra um pouco de chão palpável.

Pretendo falar pensamentos gerais sobre a natureza humana, sobre o sobrehumano, sobre as minhas descobertas nessas andanças. Quero Cantar meu canto solitário e quem sabe aí no meio de vocês eu ache outros pássaros roucos, mas vivos…

Boa Viagem amigos e amigas pela estrada da mente e da inteligência de uma alma pequena, uma vida cheia de nariz, ouvido, olhos, mãos, boca. Cheia de sentidos…

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